quarta-feira, 21 de agosto de 2024

NÃO PERCA TEMPO, CRESÇA ESPIRITUALMENTE!


Jesus contou várias parábolas, como esta: “Um lavrador saiu para semear. Enquanto espalhava as sementes pelo campo, algumas caíram à beira do caminho, e as aves vieram e as comeram. Outras sementes caíram em solo rochoso e, não havendo muita terra, germinaram rapidamente, mas as plantas logo murcharam sob o calor do sol e secaram, pois não tinham raízes profundas. Outras sementes caíram entre espinhos, que cresceram e sufocaram os brotos. Ainda outras caíram em solo fértil e produziram uma colheita trinta, sessenta e até cem vezes maior que a quantidade semeada. Quem é capaz de ouvir, ouça com atenção!". (Mt 13:3-9)

A parábola do semeador é um importantíssimo ensinamento de Jesus que precisa ser conhecido por todos, pois reflete o nível espiritual em que os cristãos se encontram e as estratégias que o inimigo das nossas almas usa para impedir que nós produzamos os frutos que Deus projetou para as nossas vidas. Inclusive, Jesus ensina que a compreensão desta parábola é condição para se compreender as demais. Vamos ao texto: Então Jesus disse: "Se vocês não entendem o significado desta parábola, como entenderão as demais? (Mc 4:13)

Depois que cremos na obra redentora e confessamos Jesus como Senhor, o milagre do novo nascimento começa a operar em nossas vidas e, a partir daí, precisamos sempre estar vigilantes para não perdermos o que o Senhor tem para nós.

Existem três “atores” principais na parábola, a saber: o semeador, que semeia a palavra de Deus; o inimigo que fará de tudo para anular o poder que há na palavra; e nós que somos como as terras que recebem a semente da Palavra. Perceba que o poder está na palavra (a semente), porém o nosso coração (a terra) é que viabilizará que ela germine e produze frutos.

Desde já podemos perceber que a maior responsabilidade está em nós e não em Deus ou em quem semeia a palavra. Nós vivemos em uma geração que tende a repassar a culpa pelos seus fracassos aos outros, porém isso não gera efeitos práticos, pois iremos prestar contas, naquele grande dia, do que fizemos e não fizemos com aquilo que recebemos.

Didaticamente, vamos comparar os tipos de terras com as fases do nosso amadurecimento cristão e as estratégias usadas por satanás para roubar a palavra semeada:

- beira do caminho – são como crianças imaturas e distraídas, que não entendem a essência da palavra. Não estão aptas a compreender a revelação da palavra e, por serem como crianças, são distraídas e sem diligência. A distração é a arma mais usada pelo inimigo;

- solo rochoso – são como adolescentes que conseguem entender a revelação da palavra, se animam, porém não suportam as pressões que o inimigo levanta contra eles, por isso acabam perdendo tudo o que receberam. Não são maduras, são inconstantes e por isso oscilam de humor facilmente. A palavra não frutifica por causa da imaturidade. Situações que geram pressões, decepções, angústias, a baixa autoestima são as principais estratégias do diabo;

- entre espinhos – são como jovens fortes que não cedem à pressão, porém que perdem o foco das coisas espirituais ao serem seduzidos pelas coisas desse mundo. Os cuidados do mundo e as fascinações das riquezas sufocam o poder da palavra, ao ponto de se tornarem árvores infrutíferas. Normalmente esses tem aparência de piedade, mas negam a fé por se tornarem egoístas, centradas nos seus próprios desejos e não voltadas para o propósito da prosperidade, que é a generosidade. Os elogios, as promoções, os títulos, o amor ao dinheiro, o egoísmo são as artimanhas levantadas pelas trevas;

- solo fértil – são como adultos maduros que não só resistem às angústias e perseguições, como também não se deixam seduzir pelas coisas desse mundo. Que, mesmo possuindo tudo, agem como se nada tivessem, pois estão focadas totalmente nas coisas lá do alto e já entenderam que são cidadãos dos céus, que não pertencem a esse mundo e que suas vidas só tem sentido se for para servir outras vidas. Se cumpre, na vida deles, o que o Apóstolo João determinou ao definir que os cristãos devem dar a vida pelos irmão assim como Jesus fez, manifestando plenamente o amor de Deus: Sabemos o que é o amor porque Jesus deu sua vida por nós. Portanto, também devemos dar nossa vida por nossos irmãos (1 Jo 3:16).

De todo o analisado, portanto, concluímos que cabe a nós identificarmos o nosso nível de espiritualidade e nos esforçarmos para que o crescimento, em busca da maturidade, se manifeste em nossa vida. Como a Palavra diz: Lembrem-se do que foi dito: "Hoje, se ouvirem sua voz, não endureçam o coração como eles fizeram na rebelião" (Hb 3:15).

Manter o coração aberto, considerar atentamente a Palavra semeada e se proteger contra os ataques na nossa alma são o caminho que nos conduzirá à maturidade.

Seja abençoado e cresça em Cristo Jesus.


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

PROFETIZE E TAMBÉM ORE EM LÍNGUAS


Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.” (‭‭1Coríntios‬ ‭14‬:‭5‬ ‭ARA‬‬)

A afirmação de que  “quem profetiza é superior a quem fala em outras línguas”, extraída do texto acima, é de uma relevância extraordinária que precisa de uma maior atenção da nossa parte. Jesus deixou claro que o amor esfriaria nos últimos tempos (Mt 24) e Paulo confirmou que muitos se tornariam amantes de si mesmos e egoístas (2 Tm 3).

Tudo aquilo que pode, de alguma forma, nos levar ao egoísmo precisa ser tratado com muito cuidado e atenção, pois tem o potencial de nos levar a um desvio na caminhada cristã. Ou seja, algo que é bom pode se tornar danoso se o foco não estiver correto. Em relação à nossa vida com Deus, manter o foco no que é mais importante é a garantia de que não nos desviaremos nem para direita, nem para a esquerda.

Na leitura do capítulo 14, da Primeira Carta aos Coríntios, na Nova Versão Transformadora, o Apóstolo Paulo deixa bem claro que, depois do amor, o dom espiritual que devemos mais desejar é o de profetizar (v. 1), pois quem profetiza fortalece, anima e conforta os outros (v. 3). Vamos aos textos: 

Que o amor seja seu maior objetivo! Contudo, desejem também os dons espirituais, especialmente a capacidade de profetizar. (...) Mas aquele que profetiza fortalece, anima e conforta os outros. (1 Co 14:1, 3)

A sabedoria transmitida aqui é que, enquanto o outro for o alvo da nossa vida e a razão de ser de termos sido chamados por Deus, estaremos no caminho certo. Quando o outro, porém, se torna menos importante do que nós mesmos, já caímos na estrada do egoísmo e do amor a nós mesmos.

O falar em outras línguas é um dom que também deve ser desejado, desde que não seja usado apenas para o benefício individual, em detrimento do benefício que trará ao outro, como resultado da nossa edificação espiritual.

O objetivo de falar verdades ocultas com Deus (v. 2), de fortalecer a si mesmo (v. 4) e de dar bem as graças (v. 17), deve estar envolto no desejo de servir melhor aos outros e não no simples crescimento pelo crescimento. Crescer sem ser para servir é um erro. Como diria o sábio militar: “quem não vive para servir, não serve para viver”.

Assim como a existência de Jesus só teve sentido porque Ele deu a vida por nós, também devemos fazer o mesmo, conforme a Palavra que nos exorta:

“Sabemos o que é o amor porque Jesus deu sua vida por nós. Portanto, também devemos dar nossa vida por nossos irmãos.” (1 João‬ ‭3‬:‭16‬ ‭NVT‬)‬

Enfim, o crescimento e as revelações que as línguas proporcionam devem ser direcionadas para os outros. Por isso Paulo ensina que quem fala em línguas DEVE orar para poder interpreta-las (v. 13). Perceba que a orientação bíblica trata como um dever, uma obrigação e não como uma orientação.

Entenda o dever bíblico não como uma obrigação sem sentido, mas como um cuidado de um Pai que quer manter seu filho no caminho certo.

Sabedor de que línguas interpretadas equivalem à profecia, ore em línguas em todo tempo, peça a Deus o dom de interpretação de línguas e, principalmente, profetize. Se você só ora em línguas e não profetiza, cuidado para não estar se tornando amante de si mesmo.

Que Deus nos ajude a entender o seu coração e plante em nós o mesmo sentimento.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CUIDE PARA QUE NÃO CAIA

 

Uma vez eu escutei a seguinte frase: é mais sábio aprender com o erro dos outros. Aprender com os próprios erros normalmente é muito dolorido e, além do sofrimento, podem causar danos irreparáveis.

A caminhada cristã, pós novo nascimento, é repleta de emoções, desafios e perigos. Um dos maiores perigos é decair da graça, ou seja, sair do caminho que o Senhor estabeleceu para que andássemos nele e, como consequência, deixar de desfrutar o melhor que Ele tem para nós.

A Palavra de Deus é repleta de recomendações para vivermos no caminho certo, como, por exemplo, do marido amar a esposa como Cristo amou a igreja e da esposa, em tudo, se submeter ao marido. Porém no capítulo 10 da Primeira Epístola aos Coríntios, Paulo  traz as recomendações mais relevantes que podem garantir que aqueles que "pensam estar de pé, cuidem para que não caiam" (v. 12).

Segundo o próprio apóstolo, as falhas do povo Hebreu no deserto, após a saída do Egito, "aconteceram como advertência para nós, para que não cobicemos o que é mau, como eles cobiçaram" (v. 6).

Os pecados que eles cometeram os impediram de entrar na terra prometida e os condenaram a permanecer no deserto por toda as suas vidas. Como diria um profeta contemporâneo, não desfrutar das promessas de Deus, mesmo tendo direito, é miséria de vida.

Pois bem, vamos à lista de pecados que precisamos atentar para jamais cometê-los:

1. cobiçar o que é mau (v. 6) - Deus é bom e espera dos seus filhos que nasceram do Espírito Santo também vivam em bondade;

2. adorar ídolos (v.7) - idolatria sem foi e sempre será repugnante aos olhos de Deus. Além da falta de generosidade (avareza), que é uma uma forma de idolatria ao dinheiro (Cl 3:5), todas as vezes que colocamos a nossa confiança nas coisas ou pessoas deste mundo estamos, de certa forma, desviando a nossa adoração ao nosso Senhor.

3. praticar imoralidade sexual (v. 8) - na própria epístola que estamos estudando, o apóstolo revela que o nosso corpo é o templo e a morada do Espírito Santo, portanto não pode ser profanado em relações sexuais imundas (1 Co 6:18-19). Preservar o nosso corpo é um culto aceitável ao Senhor (Rm 12:1).

4. colocar Cristo à prova (v.9) - Jesus revelou Deus como abençoador e Ele o é, Ele também cumpre as suas promessas, porém Ele é um Pai prudente que sabe o tempo e o modo de liberar aquilo que pedimos e precisamos. Nenhum pai gosta de ter um filho chato que faz "birra" para obter o que deseja. Aprender a aceitar o não de Deus é confiar no seu caráter.

5. murmurar (v. 10) - a ingratidão é como um câncer que apodrece a nossa fé e a nossa confiança em Deus. Murmurar é dizer que Deus não é um bom Pai, é esquecer todos os benefícios que já foram dados gratuitamente em Jesus, é querer estar acima de Deus e ser mais justo do que Ele.

Glórias a Deus por essas advertências, glória a Deus pela sua bondade em nos alertar para não cairmos nas armadilhas que nossos antepassados caíram!

No versículo 13, Paulo, inspirado pelo Espírito, afirma que as tentações que sofremos são as mesmas que eles também sofreram e nos dá a certeza que nenhuma tentação será mais forte do que nossa capacidade de resistir e Deus sempre nos mostrará uma saída para conseguirmos vencer.

Deus é bom e, por isso, vale a pena dizer não ao pecado e viver uma vida desfrutando das promessas do Senhor.

Que Deus te abençoe sempre.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

NO EVANGELHO A MORTE MORREU

Visto, portanto, que os filhos são seres humanos, feitos de carne e sangue, o Filho também se tornou carne e sangue, pois somente assim ele poderia morrer e, somente ao morrer, destruiria o diabo, que tinha o poder da morte. Só dessa maneira ele libertaria aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. (Hb 2:14-15)

A morte sempre foi um grande mistério que aflige a humanidade, por causa da incerteza de que muitos ainda possuem em relação ao pós morte. Quando, porém, sabemos o que acontece quando partimos “dessa para melhor”, tudo fica claro e o medo que antes assolava, perde a sua força ao ponto que não gerar mais temor e até mesmo a tristeza.

O evangelho de Jesus Cristo veio para trazer libertação aos cativos, para trazer justiça, paz e alegria. Tudo aquilo que rouba a paz e a alegria não vem de Deus e não é o desejo dele para as nossas vidas, por isso é necessário compreender o que o evangelho fala sobre o assunto.

O apóstolo Paulo, que teve experiências sobrenaturais com Jesus, ao ponto de ser arrebatado ao terceiro Céu, resumiu em um único versículo o que o evangelho fala sobre a nossa existência, a saber:

e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho (2 Tm 1:10)

Trazer à luz é trazer ao conhecimento, ao entendimento de uma verdade que outrora estava encoberta.

Ser imortal é a condição de alguém que simplesmente não morre. Se não há morte, não tem sentido para haver medo ou desesperança.

Todos os que estão em Cristo já sabem que tem a vida eterna, que não vão para o inferno e que a morte física do corpo não atinge a morte do espírito e da alma.

Entender, por revelação divina, que somos um espírito, que temos uma alma e que habitamos em um corpo é libertador, pois, desta feita, quando sepultamos um ente querido que morreu em Cristo, sabemos que ele não morreu, que enterraremos somente a sua habitação (corpo) e que ele está, como Paulo disse, em um lugar maravilhosamente melhor.

Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (Fp 1:23)

Enfim, até mesmo a tristeza perde a razão de existir quando alguém morre em Cristo, pois se sabemos que a pessoa está em um lugar onde não existe choro e sofrimento, desfrutando da presença majestosa do Pai, ficar triste é até um contrassenso.

E a saudade?

Alguns dizem que nunca mais verão aquela pessoa, por isso ficarão sofrendo de uma saudade eterna.

O evangelho também desfaz esse entendimento ao esclarecer que, em breve, todos estaremos juntos novamente para desfrutarmos da eternidade com o Senhor. Veja o que diz o texto bíblico:

Agora, irmãos, não queremos que ignorem o que acontecerá aos que já morreram, para que não se entristeçam como aqueles que não têm esperança. Porque cremos que Jesus morreu e foi ressuscitado, também cremos que Deus trará de volta à vida, com Jesus, todos os que morreram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor: nós, os que ainda estivermos vivos quando o Senhor voltar, não iremos ao encontro dele antes daqueles que já morreram. Pois o Senhor mesmo descerá do céu com um brado de comando, com a voz do arcanjo e com o toque da trombeta de Deus. Primeiro, os mortos em Cristo ressuscitarão. Depois, com eles, nós, os que ainda estivermos vivos, seremos arrebatados nas nuvens ao encontro do Senhor, nos ares. Então, estaremos com o Senhor para sempre. Portanto, animem uns aos outros com essas palavras. (1Ts 4:13-18)

A morte morreu em Cristo Jesus.