Deus falou, inicialmente, ao
Seu povo pelos profetas (Hb 1:1) instituindo a Velha Aliança que
tinha preceitos de serviço sagrado, sendo apenas uma parábola para
o tempo presente. Não passavam de ordenanças baseadas somente em
comidas, bebidas e diversas purificações, impostas até ao tempo
oportuno de reforma (Hb 9:1/9-10). A Velha Aliança estipulavam
ordenanças que representavam apenas sombras do que havia de vir (Cl
2:16-17).
Deus,
então, decide falar pelo Filho, o único capaz de resplandecer a Sua
glória e de ser a Sua expressão exata (Hb 1:1-3). Jesus, a Palavra
de Deus que criou o universo, se fez homem e habitou entre nós (Jo
1:1-3/14). Como luz para o mundo (Jo 9:5), Jesus veio para tornar
antiquada a aliança baseada em ordenanças (Hb 8:13), sombra das
coisas maiores, e estabeleceu uma Nova Aliança no seu sangue (Mt
26:28), baseada em superiores promessas (Hb 8:6).
As
promessas da Nova Aliança são capazes de transformar o homem, que
era por natureza filho da ira (Ef 2:3) e incapaz de fazer a vontade
de Deus - pois nele operava a lei do pecado e da morte, que o impedia
de fazer o bem que queria, mas o obrigava a fazer o mal que não
queria (Rm 7:15-23), em co-participante da natureza de Deus (2 Pe
1:4), através do milagre do novo nascimento (Jo 3:3-6), pois o que é
impossível para o homem é possível para Deus (Lc 18:27). No novo
nascimento o homem se torna uma nova criação de Deus (2 Co 5:17),
todo o seu passado pecaminoso é perdoado e ele é transportado para
o Reino dos céus (Cl 1:13-14), deixando de sofrer a influência
irresistível de Satanás ao ponto do pecado não ter mais domínio
sobre ele (Rm 6:14).
O
homem, então, deixa de ser estrangeiro e peregrino e passa a ser
pertencente à família de Deus (Ef 2:19). Como filho de Deus (Jo
1:12) passa a desfrutar da Sua herança se tornando co-herdeiro com
Cristo (Rm 8:17). Ele recebe abundância de graça e o dom da justica
que o capacita a reinar em vida (Rm 5:17), por isso Jesus não se
envergonha de lhe chamar de irmão (Hb 2:11). Nessa nova condição
de filho de Deus, o homem passa a ter direito a usufruir de tudo o
que está disponível no Reino de Deus (Lc 15:31) assim como Jesus
teve na sua vida como homem (1Jo 4:17). Porém, antes de andar como
Ele andou (1Jo 2:6) precisa ser transformado na Sua própria imagem
(2Co 3:18) através da renovação da mente, meio pelo qual poderá
experimentar a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12:2).
A
renovação da mente se dá através da Palavra (Jo 6:63) com o
auxílio do Espírito Santo (Jo 16:13) que libera a unção que
ensina (1Jo 2:27) e permite a compreensão das verdades espirituais
que só se discernem espiritualmente (1Co 2:12-16). O Espírito Santo
é uma pessoa espiritual (Jo 14:16) que passa a habitar dentro do
novo homem (1 Co 6:19), representando a presença do Pai e do Filho
(Jo 14:23) nesse homem. A compreensão gradativa de quem o homem se
tornou em Cristo vai imprimindo na sua mente e no seu coração o
caráter e a natureza de Deus, o que há de mais importante na Nova
Aliança (Hb 8:10).
Permanecendo
firme nessa condição (Hb 2:1) ele pode pedir o que quiser e lhe
será concedido (Jo 15:7), pois como filho não tem mais vida em si
mesmo, mas Cristo vive por meio dele (Gl 2:20). Os frutos do Espírito
(Gl 5:22-23), que ele produz naturalmente, demonstra que ele nasceu
de Deus e que foi transformado pela Palavra (Mt 5:16). Ele não vive
mais pecando, pois já nasceu de Deus e nele habita a divina semente
(1Jo 3:9), por isso o diabo não pode mais tocá-lo (1Jo 5:18). Andar
no amor de Deus passa a ser a sua marca registrada (Jo 13:35),
praticar a Palavra não lhe é mais penoso e, pela fé, ele vence o
mundo (1Jo 5:3-4), pois o Espírito Santo que nele está é maior que
o espírito que está no mundo (1Jo 4:4).
Como
justificado em Cristo Jesus (Rm 3:24) a sua vida passa a ser pela fé
(Hb 10:38) e todas as circunstâncias que se levantam contra ele são
leves e momentâneas, pois não se atenta mais nas coisas que se
veem, mas nas coisas eternas (2Co 4:17-18). Nele habita o espírito
da fé e ele só fala o que crê (2Co 4:13) e tudo o que ele diz
acontece (Mc 11:22-23). A sua comunhão com Deus é tão grande que
ele, o Pai, o Filho e o Espírito Santo se tornam um (Jo 17:21) e
quem vê ele vê Cristo (1Co 11:1).
O
novo homem, nascido de Deus e limpo pela Palavra (Jo 15:3), com o
auxílio do Espírito Santo (Jo 14:16-17) passa a ser luz do mundo e
sal da Terra (Mt 5:13-16) e, nessa condição, é enviado por Deus
para anunciar a salvação (Mt 28:19-20), como embaixador de Cristo e
ministro da reconciliação, sendo instrumento para exortar as
pessoas a se reconciliarem com Deus (2Co 5:18-28).
Nessa
nobre missão, Deus concede poder através do batismo com o Espírito
Santo (At 1:5/8) e autorização para usar, pela fé, o Nome de
Jesus para expulsar demônios, falar em outras línguas, pegar em
serpentes e impor as mãos sobre os enfermos para eles serem curados
(Mc 16:17-18). Nome este que está acima de todos os demais nomes (Fp
2:9), que cura (At 3:16) e que salva (At 4:12).
A
glória de tudo o que o novo homem fizer é sempre para o Senhor (Mt
5:16), pois o tesouro está em vaso de barro (homem frágil) para a
excelência do poder ser de Deus e não dele (2 Co 4:7). Caso esse
novo homem negligencie o que Deus fez por ele (Hb 2:3) e voltar a
viver deliberadamente em pecado maior juízo virá sobre ele (Hb
10:26-31) e ele enfraquecerá, adoecerá e morrerá antes do tempo (1
Co 11:30).
Aquele,
porém, que permanecer fiel e lutar contra o pecado resistindo até
ao sangue (Hb 12:4) receberá a imarcescível coroa da glória (1 Pe
5:4), será salvo (Mt 24:13), reinará com o Senhor no milênio (Ap
20:6) e permanecerá para sempre com Ele (Ap 21:3).
ALELUIA!!!!