segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Lembrem-se que vocês também foram escravos

“Lembrem-se de que vocês foram escravos na terra do Egito. Por isso eu lhes dou estas ordens.” (‭‭Deuteronômio‬ ‭24‬:‭22‬ ‭NVT‬‬)


No contexto, o autor está expondo a lei de Deus aos israelitas frisando a necessidade de tratar com bondade os escravos porque eles também tinham sido escravos no Egito.

O interessante é que ele ressalta a instrução de trazer à memória a condição de escravos em que eles viviam no Egito, em mais de uma oportunidade, dada a importância de não esquecerem a sua origem ao olhar para os que ainda viviam em escravidão.

Sabemos, pela própria Bíblia, que essa instrução é sombra de uma realidade espiritual superior da qual precisamos discernir.

Antes de nascermos de novo, também estávamos escravizadas ao pecado e à mentira das trevas, até que um dia fomos libertos, ao sermos tocados pelo Espírito Santo e aceitamos o chamado de Jesus.

Como libertos que estamos, nós não podemos “tratar mal” ou ignorar aqueles que ainda estão escravizados pelo pecado, pelo contrário, devemos ser um farol que vai apontar a luz do evangelho para que eles também sejam libertos.

Nos últimos dias uma das maiores características da personalidade humana é o egoísmo, pois a maioria se tornará fria e só amarão a si mesmas.

O generoso sempre vai priorizar levar água ao sedento e o pão da palavra para quem está sem o verdadeiro alimento.

Amar o perdido, ao ponto de investir tempo em oração e em evangelismo para a salvação da vida dele, é a maior demonstração de que, verdadeiramente, o amor de Deus já foi derramado em seu coração.

Mas, quando seus pensamentos e orações só exaltam o “eu”, o “meu” e o “nosso” e não se lembram do “dele”, "para ele" e "em prol dele", principalmente se for alguém mergulhado no pecado e na iniquidade, então é necessário arrependimento e uma urgente mudança de direção. 

Não vamos ganhar as pessoas para Jesus se não orarmos por elas. 

Uma igreja que ainda não entendeu a prioridade de que a razão de sua existência é para alcançar o perdido, está correndo um grande risco de ser reprovada por Deus.

Voltemos à compaixão por aqueles que ainda não conhecem a salvação providenciada pelo Senhor Jesus, por aqueles que estão próximos, como familiares, vizinhos e colegas de trabalho ou da escola, mas também por aqueles que hoje são perseguidores das trevas e instrumentos nas mãos do inimigo das nossas almas. Oremos pela salvação daqueles que podem mudar a história das nossas cidades. 

Deus pode mudar o curso da história.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

LEMBREM-SE DO QUE O SENHOR FEZ

“Talvez vocês se perguntem: ‘Como poderemos conquistar essas nações que são muito mais numerosas que nós?’. Não tenham medo delas! Lembrem-se apenas daquilo que o Senhor, seu Deus, fez ao faraó e a toda a terra do Egito. Lembrem-se das grandes demonstrações de poder que o Senhor, seu Deus, enviou contra eles. Vocês viram com os próprios olhos! E lembrem-se dos sinais e maravilhas, da mão forte e do braço poderoso com os quais ele os tirou do Egito. O Senhor, seu Deus, usará esse mesmo poder contra todos os povos que vocês temem.”

‭‭Deuteronômio‬ ‭7‬:‭17‬-‭19‬ ‭NVT‬‬

 Na nossa jornada terrena, aparentemente, teremos “altos e baixos”, onde nossas emoções serão esticadas e a nossa fé provada.

O brasileiro tem a fama de ter memória curta, ou seja, acaba não considerando o que experimentou debaixo da glória de Deus e teme diante de uma nova circunstância desafiadora.

No texto acima, o povo hebreu também precisou ser exortado a não temer e lembrar que o mesmo Deus que operou poderosamente no passado permanecerá agindo no presente e, por isso, dará vitória  no futuro.

O medo, porém, sempre bate na porta primeiro, por isso a necessidade de sempre visitarmos a “sala dos troféus”, essa é a arma que temos para manda-lo embora.

Não abra a porta para o medo entrar, simplesmente mostre que você tem a plena certeza que Deus é fiel e poderoso para cumprir todas as suas promessas. E que o mesmo Deus que operou no passado continua trabalhando ao seu favor.

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

NÃO PERCA TEMPO, CRESÇA ESPIRITUALMENTE!


Jesus contou várias parábolas, como esta: “Um lavrador saiu para semear. Enquanto espalhava as sementes pelo campo, algumas caíram à beira do caminho, e as aves vieram e as comeram. Outras sementes caíram em solo rochoso e, não havendo muita terra, germinaram rapidamente, mas as plantas logo murcharam sob o calor do sol e secaram, pois não tinham raízes profundas. Outras sementes caíram entre espinhos, que cresceram e sufocaram os brotos. Ainda outras caíram em solo fértil e produziram uma colheita trinta, sessenta e até cem vezes maior que a quantidade semeada. Quem é capaz de ouvir, ouça com atenção!". (Mt 13:3-9)

A parábola do semeador é um importantíssimo ensinamento de Jesus que precisa ser conhecido por todos, pois reflete o nível espiritual em que os cristãos se encontram e as estratégias que o inimigo das nossas almas usa para impedir que nós produzamos os frutos que Deus projetou para as nossas vidas. Inclusive, Jesus ensina que a compreensão desta parábola é condição para se compreender as demais. Vamos ao texto: Então Jesus disse: "Se vocês não entendem o significado desta parábola, como entenderão as demais? (Mc 4:13)

Depois que cremos na obra redentora e confessamos Jesus como Senhor, o milagre do novo nascimento começa a operar em nossas vidas e, a partir daí, precisamos sempre estar vigilantes para não perdermos o que o Senhor tem para nós.

Existem três “atores” principais na parábola, a saber: o semeador, que semeia a palavra de Deus; o inimigo que fará de tudo para anular o poder que há na palavra; e nós que somos como as terras que recebem a semente da Palavra. Perceba que o poder está na palavra (a semente), porém o nosso coração (a terra) é que viabilizará que ela germine e produze frutos.

Desde já podemos perceber que a maior responsabilidade está em nós e não em Deus ou em quem semeia a palavra. Nós vivemos em uma geração que tende a repassar a culpa pelos seus fracassos aos outros, porém isso não gera efeitos práticos, pois iremos prestar contas, naquele grande dia, do que fizemos e não fizemos com aquilo que recebemos.

Didaticamente, vamos comparar os tipos de terras com as fases do nosso amadurecimento cristão e as estratégias usadas por satanás para roubar a palavra semeada:

- beira do caminho – são como crianças imaturas e distraídas, que não entendem a essência da palavra. Não estão aptas a compreender a revelação da palavra e, por serem como crianças, são distraídas e sem diligência. A distração é a arma mais usada pelo inimigo;

- solo rochoso – são como adolescentes que conseguem entender a revelação da palavra, se animam, porém não suportam as pressões que o inimigo levanta contra eles, por isso acabam perdendo tudo o que receberam. Não são maduras, são inconstantes e por isso oscilam de humor facilmente. A palavra não frutifica por causa da imaturidade. Situações que geram pressões, decepções, angústias, a baixa autoestima são as principais estratégias do diabo;

- entre espinhos – são como jovens fortes que não cedem à pressão, porém que perdem o foco das coisas espirituais ao serem seduzidos pelas coisas desse mundo. Os cuidados do mundo e as fascinações das riquezas sufocam o poder da palavra, ao ponto de se tornarem árvores infrutíferas. Normalmente esses tem aparência de piedade, mas negam a fé por se tornarem egoístas, centradas nos seus próprios desejos e não voltadas para o propósito da prosperidade, que é a generosidade. Os elogios, as promoções, os títulos, o amor ao dinheiro, o egoísmo são as artimanhas levantadas pelas trevas;

- solo fértil – são como adultos maduros que não só resistem às angústias e perseguições, como também não se deixam seduzir pelas coisas desse mundo. Que, mesmo possuindo tudo, agem como se nada tivessem, pois estão focadas totalmente nas coisas lá do alto e já entenderam que são cidadãos dos céus, que não pertencem a esse mundo e que suas vidas só tem sentido se for para servir outras vidas. Se cumpre, na vida deles, o que o Apóstolo João determinou ao definir que os cristãos devem dar a vida pelos irmão assim como Jesus fez, manifestando plenamente o amor de Deus: Sabemos o que é o amor porque Jesus deu sua vida por nós. Portanto, também devemos dar nossa vida por nossos irmãos (1 Jo 3:16).

De todo o analisado, portanto, concluímos que cabe a nós identificarmos o nosso nível de espiritualidade e nos esforçarmos para que o crescimento, em busca da maturidade, se manifeste em nossa vida. Como a Palavra diz: Lembrem-se do que foi dito: "Hoje, se ouvirem sua voz, não endureçam o coração como eles fizeram na rebelião" (Hb 3:15).

Manter o coração aberto, considerar atentamente a Palavra semeada e se proteger contra os ataques na nossa alma são o caminho que nos conduzirá à maturidade.

Seja abençoado e cresça em Cristo Jesus.


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

PROFETIZE E TAMBÉM ORE EM LÍNGUAS


Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação.” (‭‭1Coríntios‬ ‭14‬:‭5‬ ‭ARA‬‬)

A afirmação de que  “quem profetiza é superior a quem fala em outras línguas”, extraída do texto acima, é de uma relevância extraordinária que precisa de uma maior atenção da nossa parte. Jesus deixou claro que o amor esfriaria nos últimos tempos (Mt 24) e Paulo confirmou que muitos se tornariam amantes de si mesmos e egoístas (2 Tm 3).

Tudo aquilo que pode, de alguma forma, nos levar ao egoísmo precisa ser tratado com muito cuidado e atenção, pois tem o potencial de nos levar a um desvio na caminhada cristã. Ou seja, algo que é bom pode se tornar danoso se o foco não estiver correto. Em relação à nossa vida com Deus, manter o foco no que é mais importante é a garantia de que não nos desviaremos nem para direita, nem para a esquerda.

Na leitura do capítulo 14, da Primeira Carta aos Coríntios, na Nova Versão Transformadora, o Apóstolo Paulo deixa bem claro que, depois do amor, o dom espiritual que devemos mais desejar é o de profetizar (v. 1), pois quem profetiza fortalece, anima e conforta os outros (v. 3). Vamos aos textos: 

Que o amor seja seu maior objetivo! Contudo, desejem também os dons espirituais, especialmente a capacidade de profetizar. (...) Mas aquele que profetiza fortalece, anima e conforta os outros. (1 Co 14:1, 3)

A sabedoria transmitida aqui é que, enquanto o outro for o alvo da nossa vida e a razão de ser de termos sido chamados por Deus, estaremos no caminho certo. Quando o outro, porém, se torna menos importante do que nós mesmos, já caímos na estrada do egoísmo e do amor a nós mesmos.

O falar em outras línguas é um dom que também deve ser desejado, desde que não seja usado apenas para o benefício individual, em detrimento do benefício que trará ao outro, como resultado da nossa edificação espiritual.

O objetivo de falar verdades ocultas com Deus (v. 2), de fortalecer a si mesmo (v. 4) e de dar bem as graças (v. 17), deve estar envolto no desejo de servir melhor aos outros e não no simples crescimento pelo crescimento. Crescer sem ser para servir é um erro. Como diria o sábio militar: “quem não vive para servir, não serve para viver”.

Assim como a existência de Jesus só teve sentido porque Ele deu a vida por nós, também devemos fazer o mesmo, conforme a Palavra que nos exorta:

“Sabemos o que é o amor porque Jesus deu sua vida por nós. Portanto, também devemos dar nossa vida por nossos irmãos.” (1 João‬ ‭3‬:‭16‬ ‭NVT‬)‬

Enfim, o crescimento e as revelações que as línguas proporcionam devem ser direcionadas para os outros. Por isso Paulo ensina que quem fala em línguas DEVE orar para poder interpreta-las (v. 13). Perceba que a orientação bíblica trata como um dever, uma obrigação e não como uma orientação.

Entenda o dever bíblico não como uma obrigação sem sentido, mas como um cuidado de um Pai que quer manter seu filho no caminho certo.

Sabedor de que línguas interpretadas equivalem à profecia, ore em línguas em todo tempo, peça a Deus o dom de interpretação de línguas e, principalmente, profetize. Se você só ora em línguas e não profetiza, cuidado para não estar se tornando amante de si mesmo.

Que Deus nos ajude a entender o seu coração e plante em nós o mesmo sentimento.

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

CUIDE PARA QUE NÃO CAIA

 

Uma vez eu escutei a seguinte frase: é mais sábio aprender com o erro dos outros. Aprender com os próprios erros normalmente é muito dolorido e, além do sofrimento, podem causar danos irreparáveis.

A caminhada cristã, pós novo nascimento, é repleta de emoções, desafios e perigos. Um dos maiores perigos é decair da graça, ou seja, sair do caminho que o Senhor estabeleceu para que andássemos nele e, como consequência, deixar de desfrutar o melhor que Ele tem para nós.

A Palavra de Deus é repleta de recomendações para vivermos no caminho certo, como, por exemplo, do marido amar a esposa como Cristo amou a igreja e da esposa, em tudo, se submeter ao marido. Porém no capítulo 10 da Primeira Epístola aos Coríntios, Paulo  traz as recomendações mais relevantes que podem garantir que aqueles que "pensam estar de pé, cuidem para que não caiam" (v. 12).

Segundo o próprio apóstolo, as falhas do povo Hebreu no deserto, após a saída do Egito, "aconteceram como advertência para nós, para que não cobicemos o que é mau, como eles cobiçaram" (v. 6).

Os pecados que eles cometeram os impediram de entrar na terra prometida e os condenaram a permanecer no deserto por toda as suas vidas. Como diria um profeta contemporâneo, não desfrutar das promessas de Deus, mesmo tendo direito, é miséria de vida.

Pois bem, vamos à lista de pecados que precisamos atentar para jamais cometê-los:

1. cobiçar o que é mau (v. 6) - Deus é bom e espera dos seus filhos que nasceram do Espírito Santo também vivam em bondade;

2. adorar ídolos (v.7) - idolatria sem foi e sempre será repugnante aos olhos de Deus. Além da falta de generosidade (avareza), que é uma uma forma de idolatria ao dinheiro (Cl 3:5), todas as vezes que colocamos a nossa confiança nas coisas ou pessoas deste mundo estamos, de certa forma, desviando a nossa adoração ao nosso Senhor.

3. praticar imoralidade sexual (v. 8) - na própria epístola que estamos estudando, o apóstolo revela que o nosso corpo é o templo e a morada do Espírito Santo, portanto não pode ser profanado em relações sexuais imundas (1 Co 6:18-19). Preservar o nosso corpo é um culto aceitável ao Senhor (Rm 12:1).

4. colocar Cristo à prova (v.9) - Jesus revelou Deus como abençoador e Ele o é, Ele também cumpre as suas promessas, porém Ele é um Pai prudente que sabe o tempo e o modo de liberar aquilo que pedimos e precisamos. Nenhum pai gosta de ter um filho chato que faz "birra" para obter o que deseja. Aprender a aceitar o não de Deus é confiar no seu caráter.

5. murmurar (v. 10) - a ingratidão é como um câncer que apodrece a nossa fé e a nossa confiança em Deus. Murmurar é dizer que Deus não é um bom Pai, é esquecer todos os benefícios que já foram dados gratuitamente em Jesus, é querer estar acima de Deus e ser mais justo do que Ele.

Glórias a Deus por essas advertências, glória a Deus pela sua bondade em nos alertar para não cairmos nas armadilhas que nossos antepassados caíram!

No versículo 13, Paulo, inspirado pelo Espírito, afirma que as tentações que sofremos são as mesmas que eles também sofreram e nos dá a certeza que nenhuma tentação será mais forte do que nossa capacidade de resistir e Deus sempre nos mostrará uma saída para conseguirmos vencer.

Deus é bom e, por isso, vale a pena dizer não ao pecado e viver uma vida desfrutando das promessas do Senhor.

Que Deus te abençoe sempre.

terça-feira, 13 de agosto de 2024

NO EVANGELHO A MORTE MORREU

Visto, portanto, que os filhos são seres humanos, feitos de carne e sangue, o Filho também se tornou carne e sangue, pois somente assim ele poderia morrer e, somente ao morrer, destruiria o diabo, que tinha o poder da morte. Só dessa maneira ele libertaria aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. (Hb 2:14-15)

A morte sempre foi um grande mistério que aflige a humanidade, por causa da incerteza de que muitos ainda possuem em relação ao pós morte. Quando, porém, sabemos o que acontece quando partimos “dessa para melhor”, tudo fica claro e o medo que antes assolava, perde a sua força ao ponto que não gerar mais temor e até mesmo a tristeza.

O evangelho de Jesus Cristo veio para trazer libertação aos cativos, para trazer justiça, paz e alegria. Tudo aquilo que rouba a paz e a alegria não vem de Deus e não é o desejo dele para as nossas vidas, por isso é necessário compreender o que o evangelho fala sobre o assunto.

O apóstolo Paulo, que teve experiências sobrenaturais com Jesus, ao ponto de ser arrebatado ao terceiro Céu, resumiu em um único versículo o que o evangelho fala sobre a nossa existência, a saber:

e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho (2 Tm 1:10)

Trazer à luz é trazer ao conhecimento, ao entendimento de uma verdade que outrora estava encoberta.

Ser imortal é a condição de alguém que simplesmente não morre. Se não há morte, não tem sentido para haver medo ou desesperança.

Todos os que estão em Cristo já sabem que tem a vida eterna, que não vão para o inferno e que a morte física do corpo não atinge a morte do espírito e da alma.

Entender, por revelação divina, que somos um espírito, que temos uma alma e que habitamos em um corpo é libertador, pois, desta feita, quando sepultamos um ente querido que morreu em Cristo, sabemos que ele não morreu, que enterraremos somente a sua habitação (corpo) e que ele está, como Paulo disse, em um lugar maravilhosamente melhor.

Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. (Fp 1:23)

Enfim, até mesmo a tristeza perde a razão de existir quando alguém morre em Cristo, pois se sabemos que a pessoa está em um lugar onde não existe choro e sofrimento, desfrutando da presença majestosa do Pai, ficar triste é até um contrassenso.

E a saudade?

Alguns dizem que nunca mais verão aquela pessoa, por isso ficarão sofrendo de uma saudade eterna.

O evangelho também desfaz esse entendimento ao esclarecer que, em breve, todos estaremos juntos novamente para desfrutarmos da eternidade com o Senhor. Veja o que diz o texto bíblico:

Agora, irmãos, não queremos que ignorem o que acontecerá aos que já morreram, para que não se entristeçam como aqueles que não têm esperança. Porque cremos que Jesus morreu e foi ressuscitado, também cremos que Deus trará de volta à vida, com Jesus, todos os que morreram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor: nós, os que ainda estivermos vivos quando o Senhor voltar, não iremos ao encontro dele antes daqueles que já morreram. Pois o Senhor mesmo descerá do céu com um brado de comando, com a voz do arcanjo e com o toque da trombeta de Deus. Primeiro, os mortos em Cristo ressuscitarão. Depois, com eles, nós, os que ainda estivermos vivos, seremos arrebatados nas nuvens ao encontro do Senhor, nos ares. Então, estaremos com o Senhor para sempre. Portanto, animem uns aos outros com essas palavras. (1Ts 4:13-18)

A morte morreu em Cristo Jesus.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

MINISTROS DESCARTÁVEIS

O que fazer para não ser injusto quando é necessário justiça? O que fazer para continuar puro quando existe impureza entre nós?

O Evangelho é a mensagem mais poderosa da Terra, restaura aquele que não tem esperança, dá vida a quem está morto, reconcilia relacionamentos destruídos. Enfim, muda a história e dá uma nova oportunidade.

O problema, porém, ocorre quando novas criaturas se juntam para um projeto, ou até mesmo se tornam concorrentes naquilo que fazem e, no final, acabam magoados, tristes e alguns até com ódio no coração uns pelos outros.

O relato bíblico mostra que João, chamado Marcos, foi “descartado” por Paulo. Vamos conferir:
Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam. E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. (Atos 15:36-40).

Para entender o posicionamento de Paulo, neste caso, o próprio relato bíblico esclarece. Marcos se afastou da missão (“abandonou o barco”) no meio da primeira viagem missionária de Paulo (E, navegando de Pafos, Paulo e seus companheiros dirigiram-se a Perge da Panfília. João, porém, apartando-se deles, voltou para Jerusalém - Atos 13:13).
 
Quando se pensa em correr a carreira ministerial, ou seja, o chamado de Deus e a visão dada pelo Senhor para um líder (como Paulo de Tarso), é necessário que sejam agregadas pessoas para sonhar junto o sonho daquele líder. Pessoas que são atraídas pela visão, pelo desafio dado a um homem escolhido por Deus, para alguém que consegue ver além do senso comum.
 
Um visionário, quando revela o seu projeto, atrai pessoas que querem viver algo novo, diferente e logo se associam e se dispõe a ir junto, porém muitos fazem isto sem ainda estarem prontos. Entendo que foi assim com Marcos. Provavelmente ele estava no culto em que Deus separou Paulo e Barnabé para as missões, ele viu aquele mover do Espírito, o profeta revelando o chamado, imposição de mãos dos líderes, uma cena memorável registrada em Atos 13:1-3.
 
O jovem Marcos olha aquilo e, num ímpeto pelo desafio, pela aventura, diz: “vou junto”. Na cabeça de Marcos essa visão encaixava-se nos sonhos dele, mas a história revelou que ele ainda não estava pronto para estar na linha de frente.
 
Quantos se vislumbram com uma visão, mas que ainda não tem estrutura por dentro para suportar as pressões que veem por consequência dela. Seguir Paulo era simplesmente correr o risco de ser açoitado, apedrejado, preso, sofrer naufrágio e estar sempre brincando com a morte.
 
Na minha leitura, percebo que Marcos ainda não estava pronto.
 
Nos tempos atuais, quando vejo ministros poderosos que possuem um coração totalmente no Senhor se desligando do ministério, ou seja, “saindo do barco” como Marcos, eu penso: será que eles ainda não estavam prontos e se dispuseram antes do tempo?
 
Pessoas assim se encaixam na visão, mas ainda não estão prontas para sofrer por ela.
 
Marcos se tornou descartável, não era mais possível seguir Paulo, pois seria um peso que atrapalharia o cumprimento da missão confiada a Paulo, por isso a briga entre ele e Barnabé:
Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. (Atos 15:38)

Na cabeça de Paulo o jovem Marcos ainda não estava pronto, porém Barnabé não pensava assim. A situação foi tão grave que os Paulo e Barnabé acabaram se separando.
 
O final dessa história, porém, é surpreendente: Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério. (2 Timóteo 4:11). Paulo entende que chegou a hora de Marcos.
 
Não existem ministros descartáveis para a visão. Um dia alguns voltarão quando estiverem prontos. Estamos vivendo o tempo da restauração de todas as coisas, conexões antes perdidas serão restauradas.
 
Obviamente que este texto explora apenas de uma perspectiva, infelizmente existem ministros que mudam o coração ao ouvirem espíritos enganadores e doutrinas de demônios ou que se sentem acima da visão, não por revelação, mas por mera vaidade. Mas mesmo esses, se Deus quiser, com o tempo, o Espírito Santo pode conduzi-los ao arrependimento. Oremos por eles.
 
O mais importante, porém, é que Deus nos ajude a guardarmos sempre o nosso coração.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

NATAL - O NASCIMENTO DO SALVADOR

Apesar de não termos a certeza de que Jesus nasceu nessa época do ano, a data de hoje é uma excelente oportunidade para refletirmos sobre esse evento histórico.
Para tanto é necessário refletirmos sobre o relato bíblico:

A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. 
E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho.
E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura.
E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. (
Lucas 2:5-14)

Desse relato bíblico quero chamar a atenção para o momento em que o anjo diz: nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 

Só quem já foi salvo consegue entender essa frase.
Ser salvo, dentre outras coisas, significa ser livre de um estilo de vida distante de Deus e mergulhado no sistema mundano que a humanidade vive. Em tempos de famílias desestruturadas, violência,  falta de amor, jovens se cortando e se suicidando, onde muitos nem sabem mais o que são e qual sua identidade sexual, mais do que nunca o mundo precisa urgentemente de um Salvador.

A mensagem do Cristo continua viva, atual e mais necessária do que nunca.
A humanidade perdeu a direção e a "Estrela de Davi" continua sendo a única saída.

As pessoas estão tristes não porque a vida é ruim, elas estão tristes porque só Jesus pode preencher o vazio da existência longe do Criador e proporcionar a vida abundante. Jesus é a porta, o ÚNICO caminho para o Pai.

A maior mentira que contam é que todos os caminhos levam ao Pai. Não! Só Jesus pode nos salvar!

Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. (Romanos 10:8-10)

Que o Senhor te abençoe. 

terça-feira, 5 de junho de 2018

UNIDADE - O DESEJO DE DEUS_Parte 2




Para que todos sejam um, para que eles sejam um, levados à plena unidade.

Essas frases não são apenas palavras ditas de forma impensada ou aleatória, são o desejo de Deus para a Igreja na Terra. É o nosso dever que esse desejo passe a ser uma das principais metas da nossa geração.

Quantas vezes oramos a oração do Pai Nosso, ensinada pelo próprio Senhor Jesus, e não atentamos, com diligência, para o “seja feita a tua vontade”? (Mt 6:10)

Se somos dele, a Sua vontade é que deve prevalecer. Se somos dele, devemos obedecê-lo e trabalharmos para que aconteça exatamente como ele quer.

A UNIDADE não pode ser considerada como um sonho distante, algo impossível de se alcançar. Pelo contrário, a unidade deve se tornar a nossa vontade, pois é a própria vontade de Deus para nós.

O que nós temos feito para promover a unidade?

O que temos cedido para promovê-la?

Como eu tenho me relacionado com irmãos em Cristo que não pertencem a mesma denominação que a minha e que pensa diferente de mim?

Se as respostas a essas perguntas forem contrárias a meta de se buscar a unidade da Igreja, precisamos, com urgência, rever as nossas prioridades.

Precisamos, com urgência, discernir que a UNIDADE é o desejo de Deus e a sua maior prioridade. Paulo ensina que Deus deseja que todos nós cheguemos a UNIDADE da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus (Ef 4:13).

Que o Senhor nos ajude a compreender isso.

 
Como tu estás em mim e eu em ti, assim como nós somos um


No evangelho de João está descrita uma das falas de Jesus que, ao ser dita, causou um furor entre os judeus, ele disse: Eu e o Pai somos um (Jo 10:30).

Ao dizer isso, o povo pegou em pedras para apedrejar o mestre (Jo 10:31). Como pode o homem ser UM com Deus, isso é blasfêmia, eles diziam (Jo 10:33), mas nós sabemos que não era.

Ser UM com o criador significa que Cristo pensava, falava e agia como Deus. Jesus tinha plena consciência da sua identidade, ele conhecia o caráter de Deus, tanto é que se tornou a expressão exata do seu ser (Hb 1:3).

Ele decidiu não apenas conhecer Deus, mas ser como Ele. Jesus se tornou um imitador de Deus. Paulo ensina que nós também devemos ser imitadores do Criador, devemos nos tornar UM com Ele.

O homem Jesus viveu, não para si, mas para fazer a vontade do Pai. Ser UM com Deus.

E nós, já tomamos a mesma decisão?

Em outra oportunidade, o Senhor Jesus diz: eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim para fazer a vontade daquele que me enviou (Jo 6:38). Assim como nós, Jesus revelou que possuía o livre arbítrio para decidir fazer ou não a vontade de Deus.

Ele era livre e a liberdade dele o capacitou, não só apenas para desejar fazer a vontade de Deus, mas a fazê-la na prática. Percebam que é a liberdade que nos dá a escolha de sermos UM com o Pai. Aqueles que não conseguem, agem assim porque ainda estão escravizados pelo pecado.

O pecado se caracteriza por tudo o que fazemos em desacordo com a vontade de Deus. A liberdade providenciada por Jesus é a salvação que precisávamos para termos a capacidade de dizer não ao pecado e sim para a santidade. Ser UM com Deus é ser santo.

Assim como Deus enviou Jesus para ser santo, da mesma forma ele também nos envia (Jo 20:21). Fomos libertos em Cristo (Jo 8:36). Somos livres para escolher fazer a vontade de Deus. Glórias!!!!

Jesus e Deus eram UM porque Jesus escolheu ter a mesma vontade do Pai.

Será que nós, como Igreja na nossa geração, também já tomamos a mesma decisão?

 
Eu neles e tu em mim


O nosso amado apóstolo Paulo, ao ensinar sobre a revelação do mistério de Deus para a Igreja, na Carta que escreveu aos santos de Colossos, afirmou que a unidade com Cristo (Eu neles…) é a condição para a existência da Igreja.

A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória. (Colossenses 1:27)

A unidade com o Cristo é a fonte do novo nascimento e o caminho para a busca da maturidade cristã. O desejo do Pai é que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Tm 2:4), nesta condição, todos alcançarão a unidade da fé e o pleno conhecimento do Filho de Deus, para chegarem à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo (Ef 4:13). Enfim, o ser um com Cristo é o único caminho possível que vai possibilitar a unidade da igreja.

Haroldo Walker escreveu, na sua obra “Em busca da verdadeira unidade da Igreja”, o seguinte:

É essencial entender que a fonte da verdadeira unidade da Igreja não é uma teologia ou organização, mas a própria pessoa do Senhor Jesus Cristo.

Em sentido contrário, podemos concluir que, se não conseguimos obter a unidade ainda como Igreja, é porque, individualmente, não somos um com o Cristo.

Em outra passagem bíblica, Paulo diz:

Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. (Gálatas 2:20)

Quando ele diz não sou eu quem vive, tecnicamente está dando um recado para nós: ele está dizendo que nós não devemos mais existir para nós mesmos, mas sim que Cristo deve existir através de nós. Cristo vive em nós e através de nós.

O que Deus é em nós, será o mesmo Deus que sairá através de nós. As pessoas conhecerão o Deus que a nossa vida vier a transmitir.

Um dia, em oração, o Espírito Santo me perguntou quem habitaria na cidade santa, segundo as Escrituras. Imediatamente eu respondi: os filhos de Deus, aqueles que aceitaram a Jesus (Jo 1:12-13) e que nasceram do Espírito (Jo 3:6). Então, o Espírito me perguntou porque já não vivemos unidos, desde já, como seremos na eternidade, posto que já somos filhos de Deus.

Se eu for um com o Cristo e minha esposa for um com Ele também, naturalmente seremos um como casal. Assim viveremos como uma só carne e teremos um casamento pleno.

Se, como casal, somos um com Cristo e meus filhos também são um com Ele, a minha família será uma com o Senhor. Assim teremos uma família unida que vive em paz e sabe administrar as diferenças.

Se a minha família for uma com o Senhor e se reunir com outras famílias que também o são, então seremos, como Igreja, um único Corpo com o Cristo. Assim teremos uma igreja que manifesta plenamente o amor de Deus.

Se a minha igreja for uma com o Cristo e se reunir com outras igrejas que também o são, então, seremos um Corpo de Cristo sólido e forte. Assim estabelecermos o Reino de Deus na Terra.

Enfim, a unidade começa quando cada um, individualmente, morrer para si mesmo e, decididamente, viver para Cristo.

Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição. (Romanos 6:4,5)
 
para que o mundo creia que tu me enviaste, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.


Esta oração do Senhor Jesus pela UNIDADE, não é meramente por uma unidade “espiritual” ou invisível, mas por uma unidade visível ao mundo: para que o mundo creia (Jo 10:21). Este, no meu entender, é o ponto mais crucial e importante da oração de Jesus Cristo sobre unidade, o PROPÓSITO.

O propósito da unidade do Corpo de Cristo é para que o mundo consiga ver na Igreja a divindade do Senhor e creia que Jesus é o seu Filho enviado à Terra. Tudo isso para demonstrar o seu AMOR pela humanidade.

A divisão e as brigas constantes entre denominações são uma das brechas que Satanás encontra para prosperar com as obras das trevas, ou seja, o que nós estamos vendo na nossa geração tem consequência direta da falta de unidade da Igreja. Falando um “português” bem claro: a culpa é nossa.

Paulo considerou como completa derrota o fato de haver divisões:

O fato de haver litígios entre vocês já significa uma completa derrota. Por que não preferem sofrer a injustiça? Por que não preferem sofrer o prejuízo? Em vez disso vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos! (1 Coríntios 6:7,8)

Ele ainda chama de carnal, como crianças, irmãos divididos:

Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebê-lo. De fato, vocês ainda não estão em condições, porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? Pois quando alguém diz: "Eu sou de Paulo e outro: "Eu sou de Apolo, não estão sendo mundanos? Afinal de contas, quem é Apolo? Quem é Paulo? Apenas servos por meio dos quais vocês vieram a crer, conforme o ministério que o Senhor atribuiu a cada um. (1 Coríntios 3:1-5)

Isso nos sugere que hoje nós estamos agindo como uma Igreja infantil, carnal, mundana e derrotada.

A história da derrota da Grécia para a Macedônia, por exemplo, se deu exatamente porque as cidades entraram em guerra entre si, na guerra do Peloponeso, causando o seu enfraquecimento, o que possibilitou a conquista pela Macedônia.

Embora compartilhassem a mesma língua, cultura e religião, os antigos gregos estavam divididos politicamente. Não raro, uma cidade grega estava em guerra contra outra. Uma dessas guerras foi a Guerra do Peloponeso, que durou quase 30 anos. A Guerra do Peloponeso foi travada entre as duas mais poderosas cidades-Estado da Grécia Antiga: Atenas e Esparta, que disputaram a hegemonia sobre a região. Quase todas as cidades-Estado gregas se envolveram ou foram envolvidas no conflito, algumas se aliaram a Atenas, enquanto outras se aliaram a Esparta. Essa guerra teve início no ano 431 a.C e terminou somente em 404 a.C., quando Atenas rendeu-se a Esparta. Uma das consequências da Guerra do Peloponeso foi o extremo empobrecimento da população grega: os pobres ficaram ainda mais pobres e foram os que mais sofreram. Contudo, enquanto as cidades-Estado gregas lutavam entre si, um reino vizinho, a Macedônia, ganhava força. (veja mais em https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/alexandre-o-grande-como-o-rei-da-macedonia-construiu-seu-imperio.htm)

Enquanto estávamos lutando para conquistar a hegemonia, segundo a doutrina da nossa denominação, nós enfraquecemos e o inimigo se fortaleceu e avançou.

Mas, graças a Deus pela sua infinita misericórdia, pois está acordando a Igreja em tempo de nos arrependermos e mudarmos os rumos da nossa história como Corpo de Cristo na Terra.

É chegado o tempo de unirmos a Igreja do Senhor Jesus Cristo – A IGREJA DO NOVO TEMPO.

UNIDADE - O DESEJO DE DEUS_Parte 1



  1. Todo pai deseja que os seus filhos sejam UNIDOS. A partir de hoje vou postar alguns textos sobre o assunto.
  2. O DESEJO DE DEUS

Jesus, o Filho de Deus, ao orar por nós, disse:

Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste. (João 17:20-23/NVI)


    1. Rogo também por aqueles que crerão em mim

A oração sacerdotal feita por Jesus Cristo é a sua oração de despedida antes de se entregar no Getsêmani. Nela, Jesus pede ao Pai que ele seja glorificado por Deus para que ele possa conceder a vida eterna (Jo 17:2).

Ao explicar sobre a vida eterna, Ele diz que a vida eterna é que nós possamos conhecer o Pai e o Filho (Jo 17:3). Jesus é o único caminho que nos conduz a Deus (Jo 14:6). O acesso ao Deus eterno e a consequente revelação do seu caráter nos traz à luz o entendimento da nossa condição de imortalidade.

Neste sentido, Paulo, na sua Segunda Epístola a Timóteo, diz: o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho (2 Tm 1:10b).

Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, ou seja, o homem é um espírito eterno, assim como o Pai. A consciência de quem nós somos, segundo o Criador, nos esclarece a nossa natureza. Jesus ensina que os nascidos do Espírito são seres espirituais (Jo 3:6). Em Cristo nós somos um espírito, temos uma alma (consciência e emoções) e habitamos em um corpo.

Jesus, ao conversar com a mulher samaritana falando sobre adoração, revela que Deus é Espírito (Jo 4:24). Quando nos reconhecemos como filhos de Deus, nascidos do Espírito Santo, também entendemos a nossa natureza como seres espirituais.

Se somos espíritos eternos, a morte é vencida pela fé na verdade revelada.

Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte. (Hebreus 2:14-15)

A revelação da nossa condição de seres espirituais, além de nos libertar do medo da morte (Hb 2:15) é necessária para o entendimento das Escrituras Sagradas, além de nos capacitar a obedecer as ordenanças do Senhor. Paulo nos ensina que o homem natural jamais vai conseguir obedecer a Deus.

Enfim, somente seres espirituais são capazes de andar em unidade.

Prosseguindo na sua oração, Jesus começa a interceder pelos seus discípulos: É por eles que eu rogo...(Jo 17:9).

Aquele que estava prestes a se tornar o Senhor dos Senhores e o Rei dos Reis, humildemente pede ao Pai para que eles (os seus discípulos) sejam guardados no Seu nome e o propósito de ser guardado era que nascesse entre eles o que há de mais precioso: a UNIDADE DA IGREJA (Jo 17:11).

Meu Deus, que coisa mais linda!

O próprio Deus encarnado como homem, já sabendo que morreria na cruz, decide pedir que seus amigos sejam unidos. Por quê?

A resposta é muito simples, porque não é possível fazer nada para o Senhor sem estarmos plenamente unidos, somando esforços para, juntos, estabelecermos o Reino de Deus na Terra.

Nesse mesmo entendimento, o Apóstolo Paulo, ao escrever à Igreja em Corinto, escreve:

Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer (1 Coríntios 1:10)

A UNIDADE do Corpo de Cristo com o Senhor é a única maneira de frearmos o avanço das trevas. Sabendo disso, Satanás sempre tentará dividir e confundir a nossa linguagem e criar as divisões, para impedir o crescimento da Igreja e o estabelecimento do Reino de Deus, que trará a glória de Deus.

Jesus ensinou que um reino dividido não pode subsistir. Enquanto não estamos dando a devida atenção a isso, vemos o crescimento da imoralidade, da ideologia de gênero, das tratativas para a legalização do aborto e da liberação das drogas, enfim, do império das trevas.

Se o Senhor Jesus elegeu a unidade para ser tratada na sua última oração por nós é porque existe uma grande importância para esse tema. Será que nós já estamos dando a prioridade devida para esse assunto?

Não satisfeito, ainda, Jesus prossegue na sua oração, dizendo: E a favor deles eu me santifico a mim mesmo para que eles também sejam santificados na verdade (Jo 17:19). O homem Jesus, verdadeiramente, não viveu para ele mesmo, mas viveu para que a nossa vida fosse transformada nele, para que fôssemos santificados nele. Não podemos negligenciar isso!

O Santo dando a vida pelo pecador, para que o pecador se tornasse santo.

Então, ele começa a direcionar a sua oração para o nosso futuro (Jo 17:20), os que cremos na Palavra de Deus por causa do trabalho dos Apóstolos.

Nós somos a razão de ser do Cristo. Nós passamos a ser o seu sonho. Nós somos amados por ele. O profeta Isaías declarou que Jesus ficaria satisfeito com o seu penoso trabalho na cruz, ao ver o resultado do seu sofrimento (Is 53:11). O resultado do seu sofrimento somos nós.

Nós, os que cremos, mesmo não tendo estado com ele, passamos a ser o alvo da sua oração, o sentido da sua existência. E, para nós, ele aponta a nossa principal missão: para que todos sejam UM (Jo 17:21).